2º CICLO

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Turma – 6ºB e 6º C
No âmbito da disciplina de Tecnologias de Informação e Comunicação, no DAC, os alunos da turma B e turma C do 6º ano realizaram a pós-produção de um vídeo com o registo fotográfico elaborado durante a Caminhada ao Alvão do dia 23 de outubro de 2019.

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Cidadania e Desenvolvimento. Turmas do 5º A e 5º B.


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Disciplina: Português Turmas: 5ºA e 5º B

LENDA DO CALHAU DO ENCANTO
A Serra do Alvão, com os seus ciclópicos penedos e ravinas alcantiladas, vestida de branco no Inverno e de verde no Verão, com ar severo e misterioso, era ambiente propício para exercitar a imaginação dos que por lá andavam a ganhar o pão ou por lá passavam, a caminho de Vila Real. Não admira, pois, que, à sua volta, as lendas surgissem, com toda a naturalidade.
Lá bem no alto da serra, junto da povoação de Arnal, ergue-se um descomunal fragão, chamado Penedo Negro e também A Capela, por ter um recorte em forma de portão de igreja, forrado de musgo verde e macio. Os pastores e os viandantes olhavam-no com curiosidade e receio e passavam lá com o credo na boca, pois havia quem dissesse que, à meia-noite, lá dentro, se ouvia um cantar muito triste e arrastado de mulher que, no entanto, ninguém conseguia ver.
Mas, certa madrugada, ainda com estrelas no céu, passou por lá um aldeão, recoveiro de ofício, que ia à Vila fazer compras, como de costume. E justamente quando ladeava o esfíngico penedo, ouviu um ruído surdo semelhante ao ranger de gonzos de pesado portão. Com os cabelos eriçados, olhou para o sítio donde viera o ruído estranho e deu com os olhos numa Senhora muito linda, de sorriso triste, mas encantador, como nunca tinha visto, que lhe disse com voz meiga:
- Não tenhas medo e presta bem atenção ao que vou dizer-te. Eu sou uma moura encantada e tenho tanto oiro que não há balanças que o possam pesar. Pois todo este oiro será teu e eu própria irei para tua casa e casarei contigo, se conseguires desencantar-me. Para que isso aconteça, traz-me da Vila uma bola de quatro cantos. Mas toma bem sentido: não a "encertes" por nada deste mundo; se não, dobras-me o encanto.
Dito isto, desapareceu no interior do Penedo Negro e a porta voltou a fechar-se como se abriu. O bom recoveiro, muito surpreendido com aquela inesperada aparição, retomou a jornada, serra abaixo, sempre a repetir as palavras da linda Senhora que não lhe saía do pensamento. Mal entrou nas portas da Vila, tratou de mercar a bola de quatro cantos, não fosse o pão acabar cedo, pois era dia de feira. Só depois iniciou as outras voltas. Apreçou, aqui e ali, a mercadoria e fez as compras para si e para os vizinhos. Enfiou o alforje no grosso varapau de marmeleiro apoiado sobre o ombro e pôs-se a caminho de casa, já com o sol a
baixar para trás da serra. E, como não tinha comido nada, pois comer na estalagem é um roubo, e a jornada era longa e penosa, sentiu uma vontade irresistível de comer. Mas comer o quê, se só levava a bola de quatro cantos e a Senhora lhe recomendara tanto que a levasse bem inteirinha? E perdia toda aquela riqueza que a Senhora prometera dar-lhe?
Pôs de parte aquela ideia maluca e continuou a caminhar. Mas um pouco acima de Agarez, avistou uma fonte gorgolejante que o convidava a matar a sede e a descansar. E, como à fome e à sede ninguém resiste, resolveu parar, pensando lá com os seus botões:
- É certo que prometi à Senhora levar a bola inteira e eu não sou homem de faltar à palavra. Mas, como diz o outro, a fome não tem lei. Vou comer só um canto e levo-lhe os outros três. A Senhora pareceu-me tão boazinha... há de compreender e perdoar.
E, se bem o pensou, melhor o fez. Sentou-se à beira da fonte, pós o alforje no chão, comeu o canto da bola e bebeu uma tarraçada de água fresca. Depois, já reconfortado, retomou a subida da encosta. Ao chegar junto do Penedo Negro, bateu com a ponta do varapau. A porta abriu-se rapidamente e a Senhora reapareceu, mas agora com o semblante carregado, e disse-lhe com ar severo:
-Em cavalo de três pernas,
Contigo não posso ir.
Fecha-te, porta de pedra,
Para nunca mais te abrir.
E desapareceu, enquanto o Diabo esfrega um olho, atrás da porta de pedra, para sempre.
O pobre do homem, com os três cantos da bola na mão e o alforje das compras ao ombro, partiu, desalentado, para a sua aldeia, onde passou o resto da existência, a lamentar a tentação de comer da bola de quatro cantos, e a calcorrear os caminhos da serra para ganhar a vida.
E a Senhora linda lá continua encantada, com os seus tesouros fabulosos, no Penedo Negro, a que os povos da serra, por essa razão, também chamam Calhau do Encanto.
https://lendasetradicoes.blogs.sapo.pt/tag/serra+do+alv%C3%A3
1.Assinala se as afirmações seguintes são verdadeiras (V) ou falsas (F).
a. Esta história passou-se há muito tempo, apesar de não ser possível identificar de forma exata a data em que os acontecimentos ocorreram.
b. Os acontecimentos relatados decorreram num dia de feira.
c. O aldeão quebrou o encantamento da moura encantada.
d. O aldeão não resistiu a comer um pedaço da bola de quatro cantos.
e. Através desta lenda, explica-se o nome de uma localidade.
1.1. Corrige as falsas.
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2.A lenda combina factos reais e situações fantásticas.
2.1. Transcreve do 1º parágrafo uma expressão que comprove que as lendas são fruto da imaginação.
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2.2. Transcreve do 3º parágrafo um acontecimento fantástico.
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3. Indica duas características da moura encantada.
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4. Explica o significado da expressão: “E desapareceu, enquanto o Diabo esfrega um olho […]”
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A lenda de Agarez
Nas fraldas da serra do Alvão habitou há muito, muito tempo, um povo cristão chamado Aragonês por ser oriundo do reino de Aragão, que se dedicava ao cultivo do milho nas terras arenosas da zona, e com ele enchia os inúmeros canastros que havia espalhados pela povoação.
Certo dia, este povo descobriu um enorme filão de ouro e logo a vida de todos mudou completamente. Abandonaram o milho, despejaram os canastros e passaram a enchê-los de ouro. A dada altura o ouro era já tanto que não cabia nos canastros, pelo que os habitantes trataram de arranjar um sítio para o esconderem. Depois de muito pensarem, concluíram que a melhor solução seria escondê-lo nos terrenos arenosos, uma vez que já não precisavam deles para cultivarem o milho. Assim, certa noite levaram-no para lá numa fila de carros de bois. Porém, o Diabo, que andava perto e estranhou tal movimento àquela hora, resolveu segui-los, escondido nos arbustos do caminho.
Ao chegarem já perto do sítio onde iam guardar o tesouro, rompeu-se um saco cheio de ouro e as pepitas espalharam-se pela serra abaixo, o que levou os homens a terem diferentes desabafos.
— Valha-nos Deus! — disse um.
— Raios partam o Diabo! — reagiu outro.
O Diabo, que estava de vigia, ficou cheio de raiva com o que ouviu e logo ali resolveu vingar-se. Foi à aldeia vizinha de Mafómedes [concelho de Santa Marta de Penaguião], onde viviam os mouros, e chamou-os para irem dar cabo dos cristãos, prometendo que depois lhes indicaria onde estes tinham o ouro escondido. Os mouros, sanguinários e cobiçosos, vieram nessa mesma noite e mataram todos os cristãos de Aragonês e destruíram todas as casas. No fim, dirigiram-se ao Diabo e perguntaram:
— Vem agora dizer-nos onde está o tesouro.
O Diabo conduziu-os até próximo da encosta onde os cristãos o tinham escondido e disse-lhes:
— Está além guardado debaixo da areia. Só tendes de escavar para o encontrar.
Os mouros assim fizeram. Contudo, mal começaram a escavar, a montanha tremeu violentamente, e uma avalanche de terra e penedos veio por aí abaixo soterrando não só os mouros mas também todo o tesouro que estavam prestes a encontrar. Apenas escapou o Diabo, pois encontrava-se afastado do local, assim como um jovem casal de mouros, menos ambicioso que os demais, e que, em vez de procurar o tesouro, havia preferido refugiar-se algures num oportuno retiro amoroso.
O Diabo pôs-se ao fresco, mas os dois jovens ficaram e, aí mesmo, deram início à sua vida em comum, reconstruindo a povoação. Fizeram-no em memória de Agar, a célebre escrava egípcia adorada pelos mouros, e por isso lhe deram o nome de Agarez.
Os novos habitantes, ainda assim, não desistiram de procurar o tesouro. E foram-no encontrando na terra, no cultivo de cereais e hortícolas, e na fiação e tecelagem da lã e do linho, produzindo buréis, saragoças e toalhas bordadas com mãos de artista, que ainda hoje enchem os olhos aos visitantes da Feira de S. Pedro, em Vila Real.
http://www.lendarium.org/narrative/a-lenda-de-agarez/?tag=164
1.Indica sinónimos das palavras:
fraldas ________________ pepitas _______________ avalanche_____________
2. Explica o significado da expressão “…que ainda hoje enchem os olhos aos visitantes da Feira de S. Pedro, em Vila Real.”
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3. Completa a frase:
Esta lenda explica ______________________________________________________.

LENDA DO TESOURO DE DOM PEDRO (TORGUEDA)
Há um dito que afirma: “Entre Arnal e Arnadelo está o tesouro de Dom Pedro”.
Arnal é uma aldeia na serra do Alvão que integra a freguesia de Vila Marim; já Arnadelo integra a freguesia de Torgueda, ficando precisamente uma em frente da outra. Arnadelo está entre o Marão e o Douro e Arnal, como se disse, no Alvão.
Conta-nos a lenda que é aí que está o tesouro de Dom Pedro; outros dizem que é o cavalo de Dom Pedro que lá está. Dom Pedro foi príncipe e rei de Portugal; contudo não se sabe de que Pedro se trata. Dizem que era alguém da monarquia; outros explicam que aquele tesouro é formado por peças de ouro, nomeadamente, moedas, libras, não se sabe bem o quê … Quem diz que era um cavalo, diz que era de ouro, totalmente oco por dentro e cheio de moedas de ouro.
Com esta esperança já muita gente entrou na mina do Sordo, mas nunca encontraram o cavalo ou, sequer, um tesouro.
https://www.faroldanossaterra.net/2015/02/14/lendas-de-parada-de-cunhos-e-de-torguedo-vila-real/

LENDA DO CASTANHEIRO DO SANTO (ERMELO)
Em Ermelo, freguesia do concelho de Mondim de Basto, existe um lugar chamado “castanheiro do santo”. O nome desse lugar deve-se a uma lenda que conta a morte de um senhor com 99 anos, um mendigo que, mesmo sendo necessitado, gostava de ajudar os outros.
Um certo dia, o homem, cujo nome não é conhecido, já de fome e sede, acabou por morrer junto a um castanheiro muito bonito e pequeno. De acordo com a bíblia, como era uma pessoa tão boa, foi convertido num anjo, cuja missão era ajudar as pessoas que passassem por lá, abençoando-as o dia inteiro. Ele podia ajudar as pessoas que por lá passassem, mas também castigava quem era má pessoa. E como diz o ditado “quem tudo quer, tudo perde”, um homem foi castigado por ele. Passava por lá um dia por semana e reparou que cada vez que passava por lá ficava com sorte e, por isso, começou a ir lá todos os dias. Era ganancioso e merecia um castigo. O anjo não lhe queria dar um castigo, mas teve de ser. Deu-lhe azar para um ano! O homem, apesar de ser ganancioso, não era burro, então decidiu arrancar o castanheiro, mas foi má decisão. Em vez de um ano de azar, teve azar para a vida inteira!
E é por isso que esse lugar se chama castanheiro do santo.
Martim Dinis 5ºB

LENDA DA ÁGUIA CONTROLADORA DE MENTES (ERMELO)
Há algum tempo, quando as águias reais viviam em maioria em Ermelo, antes de os caçadores as afastarem, existia uma águia rainha. Nunca ninguém a tinha visto, até um dia…
Era um dia normal em Ermelo, e um caçador decidiu ir caçar logo de manhã, ele esperava ter uma grande caça, mas não pensou que ia dar de caras com a rainha das águias reais. Nunca antes vista, a águia rainha descansava no ramo de uma grande árvore, majestosa, pacífica e extraordinária, era como se fosse imaginária, mas ela estava lá, o homem viu-a com os seus próprios olhos. Ela tinha uma envergadura de um quetzalcoatlus e o mais interessante é que ela conseguia controlar as mentes de outros seres vivos e comunicar com eles.
O caçador decidiu chamar os seus colegas de caça em vez de a deixar em paz, ou seja, não a preservou. O mal não foi ele ter chamado os colegas, mas sim um caçador sem dó nem piedade de Ermelo ter ouvido a conversa deles.
Antes de eles chegarem, o caçador que a queria caçar já lá estava a tentar a apanhá-la e conseguiu, mas o que ele não esperava é que ela conseguia controlar a sua mente. Ela escapou usando o seu poder, mas teve de mudar de habitat pois já tinha uma certa idade e não conseguia usar sempre o poder.
Por ser tão poderosa e majestosa foi chamada de águia real.
Martim 5ºB

LENDA DO ARADO DE OURO (Tejão)
Diz a lenda que na noite de S. João, à meia noite, na mina de Cajus, aparece um arado de ouro.
A lenda também diz que quem o for lá buscar não pode falar, enquanto não o levar para casa e que ninguém conseguiu esse feito, à exceção de um homem. No entanto, esse homem, quando o transportava assustou-se e disse “Ai Jesus, credo e cruz” e, nesse momento, os mouros apareceram e roubaram-lho.
Guilherme 5ºB
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Exposição de Cartazes sobre as "Fisgas" de Ermelo. Turmas do 6º A, B e C e ainda 5º A, B e C., na disciplina de EMRC.





















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Song “Walking in Alvão”

It’s so good to feel the forest in Alvão
We’re walking in the morning
We’re having so much fun
We’re not at school today
On a cloudy Wednesday

The trees, the wolves and eagles
Are here for you to see.
Climbing up
the mountain
Going down the streets
Watching butterflies
(Please, help me! Oh, my knees!)
Be careful, my friend
Look at the waterfalls!
Walking in Alvão is what I really want.
Written and sung in English lessons by the students of classes 6th A, B and C.

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Os alunos das turmas 5ºA, B, C, na disciplina de E.M.R.C., trataram o tema do amor, relacionado com o Alvão, escrevendo mensagens de amor, que foram colocadas num coração grande.
Os discentes participaram com interesse e empenho.


A Professora de E.M.R.C.:

Maria Manuel Marques.





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